Este trabalho é um recorte da pesquisa de mestrado, em andamento, no Programa de Pós-Graduação em Museologia da Universidade Federal da Bahia, e, tem como base de análise a mediação cultural realizada no Museu da Misericórdia, unidade da Santa Casa da Bahia. O espaço é um dos principais atrativos do turismo cultural da cidade do Salvador, sendo uma das primeiras paradas de turistas para entender a História da Bahia. Entre os anos de 2006 e 2019, o Museu da Misericórdia manteve uma relação próxima com a indústria turística do estado, o que fez com que seus números de visitação aumentassem anualmente. Assim, através da literatura específica e de pesquisa documental nos arquivos da Santa Casa avaliamos a estrutura da instituição e como ela se comunicou especificamente com os visitantes conduzidos ao museu, em grupos organizados pelos guias e agências de turismo. Esse perfil de público é o que mais visitou o equipamento até o seu fechamento em 2020, devido a pandemia de Covid-19. Nossa pesquisa é de cunho quali-quantitativa e teve como ponto de partida a observação participante, pois uma das autoras já trabalhou no museu. Apresentamos as particularidades da mediação feita para esse público e consideramos que é feita uma comunicação massiva, de mão única, muitas vezes, de maneira instrucionista, sendo um dos motivos para isso a falta de avaliação, por parte da administração do museu, dos seus métodos, expondo a carência de cuidado em planejar seus procedimentos para alargar o conhecimento e a satisfação do visitante turista.

Palavras-chave: mediação cultural; Museu da Misericórdia; comunicação de massa; guias de turismo; público.