Este trabalho visa compreender como os estudos publicados no Grupo de Trabalho 2 (GT 2) - Organização e Representação do Conhecimento - da ANCIB têm enfrentado a violência epistêmica e as lógicas colonizadoras no âmbito da Organização do Conhecimento (OC). Assim, tem como objetivo analisar criticamente as obras publicadas no GT 2 que se dedicaram ao enfrentamento do processo colonizador no contexto da OC. Para isso, examinamos as publicações do GT 2 das últimas dez edições do ENANCIB, a fim de identificar como o grupo tem defendido a necessidade de combater as lógicas colonizadoras na representação e organização do conhecimento. Utilizamos, como instrumento analítico, uma proposta de Escala de Decolonialidade para Estudos em Organização do Conhecimento (EDEOC), a fim de avaliar os elementos que tornam um estudo verdadeiramente decolonial. Os dados revelam a existência de variações no volume de estudos voltados para o enfrentamento da violência colonizadora ao longo dos anos, porém, mesmo que sejam estudos decoloniais, não apresentam elementos críticos vinculados a estudos e aspectos teóricos que se referem às contranarrativas decoloniais.

Palavras-chave: decolonialidade; escala; organização do conhecimento; produção científica.