faz-se uma abordagem em relação à Preservação Digital com o objetivo de levantar uma reflexão quanto à pertinência da implementação do modelo sistêmico na Administração Pública Moçambicana, pois este fundamenta-se no uso de sistemas interoperáveis e colaborativos, em três ambientes distintos, mas interdependentes (gestão, preservação e acesso).  Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo descritivo e exploratório em seus objetivos, que foi operacionalizado com base em diversos materiais bibliográficos e documentais para o desenvolvimento do embasamento teórico e levantamento de dados empíricos que posteriormente foram sistematizados, categorizados e analisados com recurso ao método de análise de conteúdo. Constatou-se que o modelo em implementação na Administração Pública moçambicana, no contexto do Sistema Nacional de Gestão Documental apresenta consideráveis fraquezas na sua concepção, como a ausência de políticas de preservação digital e o não alinhamento com o modelo sistêmico o que, poderá agudizar os problemas em torno dos documentos digitais e colocar em questão a autenticidade, gestão, preservação, processo decisório, bem como a construção da memória institucional e coletiva. Dessa forma, conclui-se que o modelo sistêmico, fundamentado em normas e padrões internacionais, cria maiores garantias quanto à preservação de documentos arquivísticos digitais a longo prazo, mantendo-se, uma cadeia de custódia ininterrupta e, portanto, este é o modelo que devia ser adotado em Moçambique.