Última alteração: 2024-03-26
Resumo
O artigo visa à reflexão teórica sobre o conceito de neurodiversidade no escopo da Ciência da Informação, com base no direito constitucional à informação e ao conhecimento. Partiu-se da noção de usuário (pessoa usuária do conhecimento registrado) para questionar se a dimensão conceitual vigente opera ou não como um gesto de exclusão social. Trata-se de um estudo teórico-conceitual, exploratório e descritivo, de abordagem qualitativa, que contrasta o cânone ocidental com as pistas teórico-metodológicas, centralmente identificadas em Nicolas Roubakine. O estudo fornece insumos para repensar a infraestrutura informacional de mediação entre cérebro e livro sob a perspectiva da diversidade e da justiça informacional. Os resultados iniciais sugerem ausência de publicações e propostas teórico-metodológicas que explicitem o termo neurodiversidade. Também observou-se que, a despeito da lacuna mencionada, a Ciência da Informação brasileira dedica-se ao público neurodiverso por meio de domínios específicos, como o Transtorno do Espectro Autista, e pesquisas com ênfase em acessibilidade.
Palavras-chave: estudos de usuário; neurodiversidade; justiça informacional.