Reflexões em torno da contemporaneidade da Arquivologia, numa interrelação com a Ciência da Informação e os fenômenos informacionais que assolam a sociedade, pautaram o desenvolvimento do presente trabalho configurado como um recorte de uma pesquisa ampla que buscou compreender como documentos arquivísticos produzidos pelo Governo Federal brasileiro, no contexto da pandemia de Covid-19 podem ser vetores de processos de desinformação. Para alcançar o objetivo proposto desenvolveu-se Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental e coleta de dados empíricos no Twitter. Os dados coletados possibilitaram a construção de um discurso apoiado no método do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados indicaram descontentamento com relação às decisões políticas e sociais do país durante a pandemia. Cabe ressaltar que o descontentamento observado seguiu embasado em fatos alternativos e desinformação. Os resultados apresentados, evidenciaram a necessidade de pesquisas no cenário arquivístico, abarcando outros tipos de documentos produzidos, alocados e disseminados em contextos distintos dos habitualmente investigados. Destaca-se ainda a relevância de ações de Competência em Informação tanto para arquivistas como para produtores de documentos e usuários, sendo que para esses sujeitos – produtores e usuários – cabe também o desenvolvimento de ações em torno da Competência Arquivística e da Inteligência Arquivística.

Palavras-chave: documento arquivístico; desinformação; pandemia; discurso do sujeito coletivo.