No âmbito da organização do conhecimento, visando a construção de modelos de domínios de conhecimento, quando consideramos um ente como um membro de uma categoria estamos fazendo escolhas sobre como entendemos a natureza desse ente. Nessa escolha, o propósito de uso de um modelo deve ser levado em consideração, pois são as categorias de mais alto nível que vão nortear o entendimento da natureza dos entes de um domínio. Pensando nessas categorias, propõe-se uma reflexão sobre determinados aspectos que podem influenciar a elaboração modelos de domínios de conhecimento a partir de uma análise comparativa das propostas de categorias de Ranganathan e Dahlberg. O objetivo deste trabalho é discutir essas diferentes propostas, de modo a verificar se o contexto influencia na categorização e se isso causa impactos nos sistemas de organização do conhecimento. A metodologia adotada é de caráter qualitativo, utilizando como método o levantamento bibliográfico. A revisão de literatura foi feita sob a perspectiva da análise de conteúdo de Bardin. Como resultado apresentamos uma discussão centrada em duas questões que evidenciam como o contexto diferencia as duas propostas em relação à determinação das condições de identidade dos entes que as categorias deveriam ajudar a fornecer. Como conclusão tem-se que se a mudança de contexto influi na categorização dos entes no mundo, então podem ocorrer problemas de definição conceitual e de interoperabilidade de vocabulários.