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O trabalho traz os primeiros resultados de uma pesquisa sobre a avaliação de documentos digitais nas tabelas de temporalidade dos poderes executivos estaduais brasileiros. O objetivo do estudo é compreender como o documento digital é tratado nesses instrumentos, com vistas a subsidiar uma efetiva gestão dos documentos arquivísticos digitais, a partir da comunicação com os gestores e servidores da administração pública, por meio dos instrumentos de gestão de documentos. Nessa etapa, foram analisadas as tabelas dos governos estaduais da região sudeste do Brasil (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Para a coleta dos dados, realizou-se uma busca textual por documentos em formato digital presentes nesses instrumentos. Os resultados apontam que a maior parte dos documentos encontrados são mensagens eletrônicas (mensagens de e-mail), sendo algumas delas classificadas e outras não. Entende-se que, além daqueles documentos que estão de maneira explícita nas tabelas e temporalidade, a administração pública hoje produz diversos processos nato-digitais, muitos deles tramitando por meio do Sistema Eletrônico de Informações – SEI. Destaca-se a dificuldade de os gestores e servidores públicos identificarem corretamente o que é um documento arquivístico digital dentro do universo de dados e documentos gerados na atividade administrativa e o papel que a tabela de temporalidade e destinação de documentos tem nesse processo.