Última alteração: 2024-03-30
Resumo
O objetivo dessa pesquisa é problematizar a agência do movimento composto por lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais e demais identidades sexuais e de gênero dentro de uma perspectiva memorialística. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa que aborda os conceitos de memória e diversidade sexual e de gênero em diálogo com a área de Ciência da Informação. Para isso, apresenta-se um breve panorama desse movimento enquanto espaço de informação, organização e construção de memória, observando ações e iniciativas nas duas décadas do século XXI. Emprega-se o conceito de memória enquanto fenômeno social de constituição das identidades e os seus respectivos movimentos de reconstruções do passado. A evocação do passado reflete a utilização da memória enquanto instrumento de identificação dos sujeitos que partilham um passado de exclusão, violência e apagamento. Percebe-se que a agência desses sujeitos produziram ações e iniciativas de diferentes tipos. As práticas informacionais e as instituições dos lugares de memória refletem a capacidade do movimento para manter viva a memória dos diferentes grupos, o que garante os vínculos de pertencimento dessa comunidade. Considera-se a área de Ciência da Informação como espaço de interlocução por excelência para se pensar práticas de memória, informação, gênero e sexualidade.
Palavras-chave: informação; memória social; agência; diversidade sexual e de gênero.