Este trabalho investiga as intersecções entre os campos da informação e das práticas museais, tendo como foco a investigação das exposições de curta duração. Para tanto, analisa a primeira exposição em defesa de uma ciência do Folclore no Brasil, criada pela Comissão de Pesquisas Populares, no Rio de Janeiro, em 1941. Tem como objetivo a partir da atuação da folclorista Mariza Lira, no campo do Folclore, apresentar a presença de mulheres no campo da produção do folclore nacional, bem como os impactos que isso tem no campo dos museus e no patrimônio. O trabalho, que se baseia em uma abordagem qualitativa e descritiva, fundamentada em documentos e fontes bibliográficas, demonstra com as exposições de curta duração, se configuram um espaço estratégico de constante criação de narrativas, atreladas aos debates sobre os estudos de folclore no Brasil. As reflexões levantaram questionamentos a respeito do Folclore como uma ciência, tendo a primeira exposição científica e com curta duração como um dos projetos empreendidos pelos/as folcloristas. A análise revelou a participação das mulheres no campo do folclore brasileiro. Além disso, identificamos a existência de outro projeto de Comissão e redes intelectuais criado para estimular a pesquisa e a documentação do folclore, contribuindo para a compreensão dos sentidos no campo da informação, dos museus e do patrimônio.

Palavras-chave: exposição; informação; ciência do folclore.