O presente artigo aborda a construção de uma nova identidade social da pessoa com deficiência através da mediação da informação nas redes sociais. Na antiguidade,  a pessoa que tinha alguma deficiência sequer era considerada ser humano. Desde o século XX, este cenário vem mudando positivamente e a pessoa com deficiência tem sido compreendida e respeitada como ‘ser atuante’ na sociedade. Portanto, este estudo tem como objetivo analisar como as pessoas com deficiência utilizam as redes sociais na perspectiva da construção de uma nova identidade social. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem predominantemente qualitativa, na qual realizou-se um levantamento bibliográfico com o intuito de compreender melhor a relação informação e identidade social. Também identificou-se e escolheu-se 3 (três) perfis de influenciadores digitais que possuem alguma deficiência para analisar como se dá a utilização das redes, que tipo de conteúdo e informações eles produzem e medeiam por meio dessas. Observou-se que os conteúdos produzidos e disseminados nesses perfis têm como intuito a desconstrução de um pensamento generalizado e de uma identidade de que a pessoa com deficiência é incapaz. Os conteúdos foram categorizados sob orientação da análise de conteúdo de Bardin e relacionado com o objetivo proposto em: capacitismo, identidade e protagonismo. Conclui-se que as redes sociais podem auxiliar na manutenção/reforço do que se quer preservar, expor ações de desmitificação, desconstruir um pensamento equivocado, pejorativo, como é o caso da representação da pessoa com deficiência enquanto incapaz.

Palavras-chave: mediação da informação; redes sociais; identidade; pessoa com deficiência.