Última alteração: 2024-03-26
Resumo
As memórias dos grupos subalternizados desde o período de colonização brasileira foram apagadas do imaginário da memória coletiva por grupos que dominam os espaços culturais e de memória - pessoas brancas de origem ou ascendência europeia. Isso fez com que emergissem movimentos sociais que reivindicam o direito à memória e à representação social como uma extensão dos direitos humanos, o que tem relação com os arquivos, bibliotecas e museus. O objetivo desta pesquisa é analisar a presença de arquivos de pessoas negras nos arquivos estaduais do sudeste brasileiro. Metodologicamente, na investigação realizada por um estudo bibliográfico e estudo de caso. Os resultados demonstram um número ínfimo de arquivos pessoais de pessoas negras nos arquivos estaduais analisados, além da ausência de políticas de aquisição de acervo como forma de inclusão da população negra. Como consideração final, a bibliografia e os dados coletados demonstraram que é necessária uma discussão aprofundada sobre memória e representação social nos arquivos públicos e pelos arquivistas e a arquivologia brasileira. Além da necessidade de refletir acerca dos elementos constituintes dos princípios básicos de atuação dos arquivistas para a promoção dos direitos humanos.
Palavras-chave: pessoas negras; memória e esquecimento; aquisição de arquivos pessoais.