Os saberes tradicionais e populares são entendidos como um conjunto de conhecimento, construídos coletivamente, caracterizados por métodos específicos, transmitidos através de oralidade, atitudes ou gestos. No patrimônio cultural, esses saberes são denominados de patrimônio imaterial e possuem como forma de preservação, principalmente, o instrumento de registro. A produção desses conhecimentos pelos sujeitos está nos modos de vida, nos ofícios, nas celebrações, nas formas de expressão, enfim, são práticas culturais que estão associadas com movimentos corporais. Nesse sentido, o texto a seguir tem como objetivo apontar algumas contribuições do campo do patrimônio imaterial em diálogo com a teoria da performance, visando contribuir para a análise da compreensão dos bens culturais. Levando em consideração que as temáticas serão tratadas no âmbito da Ciência da Informação, é fundamental buscar subsídios no campo da memória social e da informação que fortaleça os aspectos do patrimônio e da performance selecionados e analisados. Por meio de uma pesquisa de natureza teórica sobre os temas, o esperado nesse artigo é uma reflexão sobre uma perspectiva de pensar a preservação do patrimônio por meio do registro. A partir dessa discussão, considera-se que a teoria da performance na Ciência da Informação pode ampliar as possibilidades de salvaguarda e resistência de uma manifestação cultural.

Palavras-chave: patrimônio imaterial; registro; performance; informação; memória.