Considera o memoricídio como sendo um projeto político colonial que se incorporou nas políticas públicas de esquecimento às memórias da população negra escravizada e consequentemente dos seus descendentes, especialmente das mulheres negras. Discute esse silenciamento pelo olhar social da Ciência da Informação. Objetiva apresentar algumas estratégias de resistência das mulheres negras ainda no período escravocrata até a atualidade. Empreende estudo exploratório pautado sobre a temática em tela, como suporte teórico foi utilizado textos da Maria Beatriz Nascimento e Lélia Gonzalez, considerando o pioneirismo dessas intelectuais sobre a mulher negra brasileira e suas especificidades. Apresenta quatro nomes de mulheres que estiveram na liderança e organização de lutas e motins de enfrentamento a escravidão; e quatro nomes de mulheres que atuam em ações e na criação de conteúdos e informações antirracistas no âmbito das mídias sociais. Por fim, entende o esquecimento da população negra como um projeto político e compreende a atuação das mulheres negras como fundamentais para estabelecer a possibilidade de um diálogo sobre memória, recordação, resistência, identidade e informação.