Sistema Eletrônico de Administração de Conferências ANCIB, XXIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

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A MEMÓRIA COLETIVA E A TEORIA ATOR-REDE: O CASO DO EX-VOTO COMO OBJETO ATUANTE
José Cláudio Oliveira

Última alteração: 2024-03-26

Resumo


O presente texto, que advém fragmentos de tese de doutorado do mesmo autor, defendida no presente ano em Memória e Linguagem, na Universidade do Sudoeste da Bahia (UESB), trata do ex-voto como objeto da memória coletiva e medium que transita em processo de agenciamento, em rede, o que, em nosso entendimento, expande a memória coletiva. Ex-voto é o objeto que o crente coloca em salas de milagres, cemitérios ou cruzeiros, em louvor por um bem recebido, e que, portanto, leva informações individuais e coletivas ao público. O trabalho parte de dados coletados em museus e salas de milagres no Chile e no México. Analisamos os ex-votos pictóricos tradicionais e os denominados transgressores, esses últimos muito em evidência no México. O objetivo é apresentar o ex-voto como fonte para a memória coletiva, por ser rico testemunho de histórias locais, regionais e nacionais, além de percebermos do seu desdobramento para cantos que não processam a religiosidade. No curso do texto, alguns exemplos ilustrarão o potencial do ex-voto, visto como media. Como base teórica, destacamos as contribuições de Bruno Latour e Maurice Halbwachs, os quais apresentam, respectivamente, os seguintes conceitos-operacionais: redes e agenciamento; memória individual e coletiva.


Palavras-chave: ex-voto; memória coletiva; teoria ator-rede.


 



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