Sistema Eletrônico de Administração de Conferências ANCIB, XXII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

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REPRESENTAÇÕES DE MULHERES NAS XILOGRAVURAS: SUJEITAS OU OBJETOS?
Vitória Gomes Almeida, Ariluci Goes Elliot, Elieny do Nascimento Silva

Última alteração: 2022-12-09

Resumo


Analisa três conjuntos de xilogravuras que representam mulheres que foram significativas para a história e cultura da cidade de Juazeiro do Norte (CE), a saber: Amália Xavier de Oliveira, Joana Tertuliana de Jesus - Beata Mocinha, e Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo, produzidas por homens que as retratam em diferentes momentos das suas vidas. A motivação para esta pesquisa, advém da identificação no acervo do Laboratório de Ciência da Informação e Memória da Universidade Federal do Cariri. Nos questionamos sobre a representação das mulheres a partir do olhar masculino, por terem grandes contribuições para a história e memória local. Delimitamos como objetivo analisar a partir do referencial crítico dos estudos de gênero e memória as xilogravuras produzidas por Renato Casimiro e João Pedro sobre as mulheres citadas, buscando identificar se nessas representações elas aparecem como sujeitas ou objetos, a partir da metodologia de análise documental baseada nos critérios de Smit (1997). Como considerações finais, o que se observou foi que a xilogravura enquanto uma expressão da cultura, possui tradição androcêntrica a partir de uma dupla característica: a identificação de poucas xilogravuras produzida por mulheres e ínfima produção científica correlacionando o binômio mulheres e xilogravura. As xilogravuras analisadas, representam a visão masculina sobre a história de vida dessas mulheres e apontam para a necessidade do fomento de pesquisas sobre o tema, visando aprofundar as questões de gênero e iniquidades nesse âmbito.

 


Palavras-chave


Xilogravuras; Mulheres; Androcentrismo; Representação Feminina

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