Sistema Eletrônico de Administração de Conferências ANCIB, XXII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

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POEMA SUJO COMO VESTÍGIOS INFORMACIONAIS E RASTROS TESTEMUNHAIS DE UM EXILADO DA DITADURA MILITAR
JONATHAN KAEFER GOMES DA COSTA, FABRÍCIO JOSE NASCIMENTO DA SILVEIRA

Última alteração: 2023-11-10

Resumo


Partindo da premissa segundo a qual o texto literário pode ser tratado como um documento, o presente artigo objetiva analisar em que condições o Poema sujo, escrito por Ferreira Gullar, consegue mobilizar e dar a ver, por meio de seus versos, um conjunto de vestígios informacionais e rastros testemunhais reveladores das implicações da ditadura militar – brasileira e do Cone Sul – sobre a vida do poeta e para a história do país. Em face disso, o estudo constituído caracteriza-se como de natureza bibliográfica, documental e exploratória em que, amparado pelos conceitos de rastro e vestígio, se investiga como o Poema sujo pode constituir-se em “arquivo” que organiza, preserva e perpetua a memória individual e a memória histórica de uma época. Como resultado, demonstra-se que a escrita de Gullar é capaz de agenciar em si inúmeros vestígios informacionais e rastros testemunhais com potencial para oferecer aos leitores uma imagem melhor delineada tanto sobre a história de vida do escritor, quanto das contingências culturais e políticas que, no contexto da ditadura militar, pautavam as ações individuais e modulavam os acontecimentos coletivos.


Palavras-chave


Poema sujo; Ditadura militar; Cone Sul; Testemunho; Documento; Vestígios informacionais

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