Tamanho da fonte: 

A noção de uma nova realidade que ocorre simultaneamente com o mundo real não é algo novo, porquanto tem sido tema de novelas e de contos, desde tempos antigos, e abordada por diferentes áreas do conhecimento. Com foco na Ciência da Informação, este artigo propõe uma discussão sobre o metaverso, a partir de uma abordagem dos regimes de informação e suas relações sociais de ordem estética, ética e política, que já apontam indícios de transmutação de comportamentos do mundo real no virtual. Para isso, utilizaram-se a pesquisa bibliográfica e a documental, que tratam dos relatos de mulheres assediadas em ambientes de realidade virtual. Como um território e espaço de construção eminentemente humano, o ciberespaço, especificamente o Metaverso – plataforma da empresa Meta, objeto de discussão deste trabalho – já apresenta, além do encantamento dos múltiplos mundos, a reprodução de comportamentos e discursos misóginos e violentos que, tanto na execução quanto na resolução, chamam a atenção devido à semelhança com o mundo real. Nesse contexto, a reflexão e a operacionalização de estratégias com vistas a prevenir e a subverter práticas, comportamentos e conteúdo informacionais opressivos, são premente, e o ciberativismo aponta caminhos para combater e neutralizar dispositivos de informação que ofertam produtos e serviços propagadores de violência.

Metaverso; Regime de informação; Realidade virtual; Mulher; Ciberativismo.