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NEGACIONISMO E DESINFORMAÇÃO COMO NARRATIVAS DA PANDEMIA DE COVID-19
Última alteração: 2022-12-08
Resumo
Desde o início da pandemia de covid-19, além de adotar medidas de controle e enfrentamento do Vírus, as autoridades sanitárias, gestores públicos e a população em geral passaram a conviver com uma realidade definida como desinfodemia, que fez com que o negacionismo científico e a desinformação constituíssem forças que contribuem com o aumento no número de contaminados e mortos. No âmbito brasileiro, algumas práticas informacionais de agentes do Governo Federal relacionadas à pandemia de covid-19 podem ter sido desenvolvidas a partir de aspectos desinformacionais intencionalmente e estrategicamente constituídos. Diante disso, nesse estudo utilizamos o conceito de práticas desinformacionais, para contemplar essa relação entre o sujeito e a informação a partir da interação com a desinformação. Assim, desenvolvemos essa pesquisa empírica, descritiva e documental, de abordagem qualitativa, que objetiva analisar a desinformação e o negacionismo científico relacionados à pandemia de covid-19 e propagados nos discursos e entrevistas do Presidente do Brasil no primeiro ano de pandemia. Foram utilizadas para análise, as diversas categorias de desinformação relacionada à pandemia e verificadas pela agência de fact-checking Aos Fatos originadas de discursos públicos, publicações em mídias sociais (Facebook, Twitter e Telegram), lives no YouTube e entrevistas do Presidente da República, propagadas durante o primeiro ano de pandemia. Essa investigação inicial permite traçar um panorama sobre como a desinformação pode ser utilizada como narrativas da gestão da pandemia realizada pelo Governo Federal no brasileiro.
Palavras-chave
Desinformação; Pandemia de covid-19; Desinfodemia; Práticas Desinformacionais.
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