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Capital mata: a farsa informacional dos cartórios em Terras do Sem Fim de Jorge Amado
Última alteração: 2021-12-07
Resumo
O regime de informação fundiário brasileiro se encontra repleto de distorções: fraudes comoa grilagem, o patrimonialismo dos cartórios, a dispersão dos dados sobre propriedade da terra entrecadastros e registros sem interoperabilidade. Tais irregularidades são há muito relatadas em outrasdisciplinas, mas não na Ciência da Informação brasileira, a despeito da centralidade do tema para aestruturação econômica e promoção de justiça social. Considerando tal carência de fontes, o objetivoprincipal do artigo é relacionar o romance “Terras do Sem Fim”, de Jorge Amado, com a EconomiaPolítica da Informação, a partir de pesquisa bibliográfica e documental de leis e conteúdo midiático,assim como entrevista semidirigida com uma especialista em direito urbano. A análise da obra noslevou a quatro temáticas pertinentes aos objetos do nosso campo: 1) os mistérios da mata; 2) aviolência da ocupação territorial; 3) a comodificação; 4) a farsa informacional dos cartórios. A era ousociedade dita da informação ainda toma o Brasil como uma grande soma de capitanias hereditárias,e aqui buscamos uma “transgramática” ao recorrer a fontes diversas para construir com rigor científicoum objeto do conhecimento marcado por silenciamentos, crimes e falsas legalidades.
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