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O papel dos currículos formadores na generificação da profissão bibliotecária
Última alteração: 2021-12-13
Resumo
As relações de poder na sociedade atuam em diferentes campos da vida e da construçãoidentitária. Através do controle de discursos específicos o poder molda os indivíduos e os transformaem centros de transmissão. Educação e discurso educacional atuam como controladores quepermitem e proíbem a circulação de discursos divergentes e os currículos um dos artefatos utilizadosno controle discursivo e na formação de sujeitos, atuando nos espaços ocupados por homens emulheres. Considerando a profissão bibliotecária uma profissão feminilizada e que a formação dossujeitos também ocorre no ambiente universitário, este artigo propõe uma reflexão teórica sobre opapel dos currículos das escolas de Biblioteconomia na constituição desta enquanto uma profissão“destinada” a mulheres. Ao privilegiarem, ao longo do tempo, as disciplinas técnicas em detrimentodas eruditas, eles alinharam-se a discursos inseridos na lógica da divisão sexual do trabalho, em queas profissões ocupadas por mulheres supostamente não exigiriam esforço intelectual ou qualquer tipode complexidade. Buscou-se, assim, através de levantamento bibliográfico e histórico, elucidarquestões relativas ao currículo enquanto prática discursiva e sua relação com o desenvolvimento doensino superior no Brasil e da Biblioteconomia, refletindo acerca das relações entre os movimentoscurriculares dentro da área e a criação dos estereótipos relacionados à profissão.
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